Poema plúmbeo
Há sempre algo de tocaia
e armadilhas e areias movediças
e o som da vaia.
Há um vento arrevesado
a infiltrar-se nas treliças
e aves agourentas no telhado.
Para tudo existe um preço, uma cobrança.
A esperança, contrariando o ditado,
vem morrendo no começo.
Wanderlino Teixeira