Poesias de Setembro de 2018

Tudo por um triz


Do aconchego do ventre ao suspiro derradeiro,
vida é arrepio,
fio que se esgarça por inteiro,
fino traço, linha torta,
sopro que escapole pelo vão da porta.


Wanderlino Teixeira



Barra


IRMANDADE EVIDENTE


Ó Pai em quem confio
E me faz sentir irmandade
Com o calor e o frio
E o tempo e a eternidade
E me faz irmão do rio
E de toda a humanidade.

Ó Deus que é força e alento,
Que faz da chuva minha irmã
E que me irmana ao vento
Ao breu da noite e à luz da manhã.

Ó Pai amoroso, parte de minha Alma,
Ó Criador amante que me deu matéria,
Ó Amor sublime que me irmana à fauna
E faz-me irmão de uma própria bactéria.


Geraldo Generoso



Barra


FILOSOFIA DE MENINA II


Pende o universo
com vestidos floridos
tocos de vida
ondulantes pensamentos.

Etérea menina fugaz
de única cor
entre cansaço e meditação
imagina trópicos compassados.

Colhendo pensamentos
no jardim do universo
flores estreladas
no chão deslizante.

Ser calado
etéreo
sentado
pensando
verde.


Ligi@Tomarchio


Barra


JOGO PERDIDO


Deixei que te pendurasses
Na parte firme de mim;
A melhor das minhas faces
Mostrei-te em belo carmim. 

Abri pra ti meu espaço
E te fiz bela canção;
Luzi meu olhar tão baço
Com a luz do coração. 

Pisoteaste meu canteiro
E mataste a minha flor;
Se pra mim eras primeiro,
Muitas tinham teu amor. 

Lembrei-me de uma canoa
Da qual eu pulei um dia;
Bonita, e podre na proa,
Muito mais do que eu sabia. 

Canoa, canteiro, nada
Vai te fazer entender
Que eu caí numa cilada
Armada pra te prender. 

Sem ter vindo, foste embora
Num jogo que se repete: 
Foste o minuto sem hora
Que eu perdi na bola sete!


Regina Coeli



Voltar!





Webdesigner: Lupércio Mundim
Poetic Soul Counters

Criado em 1º de Dezembro de 2009