Poesias de Abril de 2017

DIVAGAÇÕES


Enfumaçados desejos
em clausura
remetem grosseiros
passado imperfeito
presente passado
futuro incerto.
Concreta, só a morte
a terra sobre os ossos
vermes famintos
a escuridão...
a escuridão.

Alma perdida
emoldura cenário
carrega fardos
vê beleza, mas nega
socorre perdidos
e confunde
o caminho de volta.
Retorno improvável
reprovado por todos
tolos sábios...
A verdade não existe
apenas
a realidade
crua.


Ligi@Tomarchio®


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Último segredo


Amar-te em segredo, eis o meu fado;
Vestir a máscara da indiferença
Por temer o teu “não” como sentença,
Mantenho o coração sempre trancado.

Ardo em solidão na febre intensa
À espera sempre desse bem adiado:
Que é tua presença sempre ao meu lado,
Em outro bem minha alma não mais pensa.

Viver por esta só ilusão de amar-te
E nela resumir a vida e a arte
Como um cantor de uma só canção.

Em minha vida há este só querer,
Tentando este segredo esconder
Para um dia encerrá-lo sob o chão.  


Geraldo Generoso


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DESCRENÇA


Brasil, retoma o caminho
Que já fizeste na História!
Sai deste redemoinho,
Retorna às sendas de glória!

Parece até, meu Brasil,
Que perdeste a consciência
De que rebelião civil
Põe em risco a Independência.

Chega de briga campal,
Que acabe o ódio das ruas!
Brasil meu, volta ao normal,
Essas lidas não são tuas!

Basta de "irmão contra irmão",
Na irresponsabilidade!
Preservemos a nação
Usando a fraternidade!

Pro teu passado brilhante,
Nosso "agora" é uma ofensa.
Brasil, volta a ser gigante;
Diz um "não" para a descrença!


Ógui Lourenço Mauri
Catanduva SP, 31/05/2016.


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MEU POEMA



A CHUVA CAÍA TRISTE
TRISTE E POUCA
IGUAL A VIDA DOS POBRES.
COMBINAVA
COM MEU ESTADO DE ALMA.
APANHEI A FLAUTA
E SOPREI NA GAROA
NOTAS TRISTES DE UMA CANÇÃO.

CANÇÃO DO POBRE
CANÇÃO DO MEU SER
CANÇÃO DO VIDA CHUVOSA


Leda Mendes Jorge



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(Con) Vivência



Quem não procura camuflar seus arremedos?
Quem não se envolve na teia dos enredos?
Quem não se atrela ao reboque dos seus medos?
Quem não se impõe fugas e degredos?
Quem não se asila em cavernas e rochedos?
Quem não cultiva íntimos segredos?
Quem não convive com seus feudos, com seus ais?
Quem, dentre os mortais?


Wanderlino Teixeira



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RECOMEÇO


Por ternas vias caminhei meu sonho
E o imaginei tão belo em seu perfume
Que dele até cheguei a ter ciúme
Num pensamento a que chamei bisonho. 

Nesse meu sonho, altiva então me ponho
E das estrelas lindas colho o lume
Pra que jamais se vá de mim ou esfume
Mágico brilho sobre o que é tristonho. 

A tempestade veio em tom de dança,
Tudo levou, mas deu-me o endereço
De um arco-íris pleno de bonança. 

Ressurge em mim a cor do recomeço
E aquele sonho, quase uma lembrança,
Me ergue do chão após o meu tropeço.


Regina Coeli



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