Ao mar, amar
Peço carícias ao vento,
teço o momento com elas.
Preciso da brisa,
suave, constante, precisa,
para enfunar minhas velas.
Wanderlino Teixeira
MEU MAR, MEU PARAÍSO...
Águas azuis, areia, praia, mar
e um lindo sol, surgindo no infinito,
que docemente as águas vem dourar,
deixam meu paraíso, mais bonito!
Feliz, eu lanço ao mar, em meu sonhar,
um barco de esperanças, quase um mito,
e, então, consigo vê-lo navegar,
num pranto de emoção, e alegre, o fito!
Vibra meu coração descompassado,
a boiar nesse mar só de alegria,
onde todo o ruim, foi afastado!
Esse mar, ora azul, ora dourado
serviu de inspiração a esta poesia
e em seus versos ficou eternizado!
Gislaine Canales
A PÁSCOA
Minha fé repousa no supremo exemplo
Que nos foi deixado por Mestre Jesus.
Faço da reforma íntima meu templo,
Pois o amor voltado ao próximo traz Luz.
Cristo, quando aqui na Terra, nas paragens,
Ensinou-nos caridade, amor, perdão...
Os humanos, doutrinou com tais mensagens,
Instrumentos pontuais da salvação.
Os anais mostram que a Páscoa bem encerra
A mudança, retomada de atitudes.
Jesus Cristo, ao ressurgir intacto à Terra,
Ressaltou o amor à frente das virtudes.
Demonstrou que a vida vai além do túmulo,
Às canduras, num caminho gradual.
Os valores morais seguem, num acúmulo;
A matéria fica e a alma é imortal.
Neste mundo dado a provas e expiações,
À medida que o saber moral comporte,
Nós vivemos com a Páscoa as emoções
Da vitória, então, da vida sobre a morte.
Ógui Lourenço Mauri
Catanduva (SP), 27.03.2012
NO BALANÇAR DAS PALMEIRAS
No balançar das palmeiras
esquecidos sonhos
embalam corpos amantes
agora, exaustos.
Tempos idos, contam histórias
memórias de tolos enamorados
distantes por seus desentendimentos
agora, despedem-se para sempre.
Frutos do amor nasceram
pequeninos sonhos terão
resta saber se a saudade
do aconchego dos pais
ficará no balançar das palmeiras...
Ligi@Tomarchio®
São Paulo, 10/02/2009
ALTIVA RUBRA ROSA
Banhada pelo sol, amadurece.
Perdida a virgindade, o seu botão
Entrega-se à feliz contemplação
De quem fez dele rosa, e sempre a aquece.
Viceja no sublime de uma prece
A rosa, mercadora da ilusão
De um certo olhar, que a prende em sua mão,
Jamais morrer na hora que anoitece...
Ao vê-la com as pétalas murchando,
Sozinha no raminho, tão esquecida,
Mas seu entorno ainda perfumando,
Fiz dela o meu símbolo de Vida
Vendo-a chorar, enquanto eu, sangrando,
Beijava-lhe o espinho, enternecida.
Regina Coeli
ZORRA
Como viver de piada?
Como soltar o sorriso
se essa corja depravada
perdeu o rumo e o juízo?
Como ter esperança
se a verdade não alcança
o tom que se faz preciso?
Como crer num amanhã
se no hoje não se planta
e essa fruta temporã
amarra nossa garganta?
Como achar elo comum
entre o verde e o urucum
se o mostrar já não adianta?
Há muito passou da hora
de escrever a nossa História
de mostrar ao mundo afora
nosso brio e nossa glória.
Temos tudo o que é preciso
pra viver num paraíso
sem a espada compulsória.
Levanta, meu povo, e clama
com seu brado, com seu grito
e independência proclama
banindo daqui o proscrito.
A honra não se enlameia
com fraude onde permeia
o desdém de um falso mito.
"Não permita, Deus, que eu morra"
sem qu'inda sinta o sabor
do mel em meio a esta zorra
que matou nosso valor.
Hei de ver minha bandeira
desfraldada e altaneira
no mastro do nosso amor.
Cleide Canton