OFEREÇO COM TODO O CARINHO
Rosas brancas
aos que precisam de Paz
para resolver suas vidas,
para levar a Luz
aos que guardam ódio no coração!
Rosas vermelhas
à Paixão da minha vida,
para mostrar-lhe
todo o Amor que sinto
e
comemorarmos juntos esse sentimento.
Rosas Amarelas
aos que amam
apenas os bens materiais e
esquecem o quanto é maravilhoso ter Amor
dentro de nós mesmos!
O quanto é maravilhoso Amarmos
e sermos amados!
Rosas cor de Rosa,
aos que estão começando
a descobrir que o Amor é essencial,
principalmente, quando está em nosso íntimo!
Esses tem todas as chances
de encontrar toda a Felicidade do Mundo!
Rosas lilases,
àqueles que estão melancólicos
por qualquer motivo passageiro
e
aos que são melancólicos por natureza!
Que pena não terem aprendido a sorrir!
Um bouquet de rosas de todas as cores
aos que têm:
carinho e boa vontade com seus semelhantes,
uma palavra de conforto a quem precisa,
um sorriso nos lábios
para
vencer as etapas desta vida sem desanimar,
sem se entristecer...
Angela Stefanelli de Moraes
SONETO DA COLHEITA E DA TRANSFORMAÇÃO
Cabe ao poeta antes de tudo estar atento.
A poesia se desvela a todo instante,
mas é preciso assimilar cada momento
para extrair o seu detalhe relevante.
Uma palavra, uma atitude, um sofrimento,
um riso franco, uma carência, um de repente,
o pôr do sol, a chuva fina, o mar e o vento,
para o poeta são o adubo da semente.
Mas o poeta deve ter sempre consigo
que a poesia tem um quê de universal.
Nada de atá-la fortemente ao próprio umbigo.
Poesia é pão e o verso em muito lembra o trigo.
Cabe ao poeta ir apanhá-lo no trigal
e transformá-lo no alimento que bendigo.
Wanderlino Teixeira
UMA TARDE NA PRAIA
O mar beijava a areia docemente
e o sol se aproximava do poente,
tudo estava lindo, como sempre almejei,
mas faltou você, quem tanto desejei.
Você disse que me amava tanto,
mas que ficou em casa com seu pranto;
pensando que, como estudávamos juntos,
o namoro atrapalharia, com tantos assuntos...
Estudar, claro, é muito importante,
mas neste mundo nada é mais relevante
que o amor, quando une dois corações
por seus mais puros sentimentos e emoções.
Toda a beleza do lugar desapareceu,
fiquei ali pensando no que aconteceu;
como um dia perfeito teria se transformado
em um pesadelo tão doloroso e desalmado?
No dia seguinte, sem ter adormecido,
agi como se nada tivesse acontecido;
antes de vê-la fui ao mar com sutileza,
para abastecer a alma de paz e beleza.
Lupércio Mundim
POR UM MINUTO SÓ...
O sentimento que me anima o peito
Tão especial se faz e enorme é
Que transfaz a paixão e o preconceito
Na sensação de inabalada fé.
Esperança de amá-la sem ter freios,
Fé no seu amor um dia conquistar,
Transformar em verdade os devaneios,
E, enfim, contigo, teu calor privar.
Faz-me sempre suave este sentir,
Pois nela tudo é belo e tão sublime
Que até a saudade que dela advir,
Do coração as frustrações redime.
Persisto pois numa quase irracional
Certeza em alcançar pelo que luto,
A crer que um dia se fará real
A ventura de a ter por um minuto.
Geraldo Generoso
GENUFLEXO
Não, meu filho!... Não foi este o país
Que, no trecho, recebi de meus pais.
Não é esta a nação que eu sempre quis.
Este vexame, esperava jamais!
Herdas o Brasil em franco progresso.
Apenas, porém, nos bens materiais.
Minha geração não teve sucesso
Em pôr à frente os pilares morais.
Eu integro a irresponsabilidade
Que abateria meus antepassados.
O país alcança a modernidade
Com os valores éticos frustrados.
Estes políticos não me deixaram
Entregar pra ti a Pátria almejada.
Para a prole, os sonhos desmoronaram,
Vi meus planos caminharem pro nada.
Vai sobrar pra ti a reviravolta,
Assim espero de meu descendente.
Faz o que eu não fiz, filho; sem revolta!
Dedica a mim teu futuro, de presente!
Peço perdão por tudo isso, filho!
Minha geração não soube escolher.
Curvamo-nos ao eterno empecilho,
Deixamos os corruptos no Poder.
Desculpa-me, filho, a covardia!
Sinto-me envergonhado, com complexo.
Falhei feio, filho, na ideologia...
Imploro-te compreensão, genuflexo!
Ógui Lourenço Mauri
Catanduva (SP), 08.07.2012
ACONCHEGO
Não é de penas
nem de espuma
nem de alfazema
nem de algodão.
É de paina-de-seda.
Suave, me beija a face,
acaricia-me a cabeça
e me aconchega.
Tem forma de arco-íris,
bumerangue, lua nova.
Conhece meus sonhos,
minhas mágoas...
É meu confidente
na madrugada.
Com ele adormeço...
E desperto manhosa,
feliz, preguiçosa,
abraçada
ao meu discreto,
predileto
e gostoso travesseiro.
Neide Barros Rêgo
NEM SAUDADE
Já fui criança e me abracei ao dia
Pra que de mim jamais se fosse embora
O sol a iluminar-me a cada hora
Nos meus jardins de flores e folia.
Chegada a noite, entristecida eu ia
Fechando os olhos, já sonhando a aurora
Vindo tão clara, linda e sem demora
Pra alvorecer a minha fantasia.
Mas ao crescer, escureceu-me tudo,
O sol se foi, levou a claridade,
Deixando em mim um nada triste e mudo.
Assim dormindo a minha realidade
Na noite em cujas sombras eu me iludo,
O dia acaba sem deixar saudade...
Regina Coeli