Poesias de Abril de 2011

POEMA DO HABITE-SE


Você, que da simpatia me vê ao desabrigo,
venha ter comigo.
O ar distante, esse meu jeito,
desfaz-se no instante em que me sinto aceito.
Vai querer-me bem, isso é provável.
Sou um ser perfeitamente habitável.


Wanderlino Teixeira



O TECER NA ESPERA


Um dia chega, um dia vai chegar...
E passa o tempo, e o dia, onde andará?
Onde andará o dia, no acolá?
E esta espera cá vive de esperar...

O sol se vai, e a lua vem brilhar
Minutos, horas, ai!, quando virá,
Se tanto passa, o que ainda há
De belo e tão bonito pra esperar?

Se o dia que se quer não nos chegou,
Não está pronto, está amadurecendo
Na teia que o tear não terminou,

Então este que a gente vai vivendo
É um fio pelo qual não se esperou,
Mas fia o dia que se está querendo!


Regina Coeli



NÓS DOIS, O LUAR... E DEUS!


Para ti, eu não tenho propostas...
Para ti, eu acumulo sonhos.
Uma paixão de enfoques risonhos,
Bem como eu quero e como tu gostas.

Penso em nós dois num lugar bucólico,
Sob lua cheia, praia deserta.
Presos ao que a natureza oferta,
Máxime ao tocar do manto eólico.

Ao luar, fitar teus olhos lindos
A dizer aos meus que tu me amas.
Constatar nossos corpos em chamas
Por força dos fluidos bons advindos.

Abraçar-te-ei forte, com carinho,
É o que meu coração mais anseia.
Da vertical, cairemos na areia,
Sob afrodisíaco olor marinho.

Feliz, beijarei os lábios teus
Até os píncaros do sabor.
No auge de nossa explosão de amor...
Que lindo!... Nós dois, o luar... e Deus!


Ógui Lourenço Mauri
Catanduva (SP), 14/12/2008


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