Biografia


 
  • Edmo Rodrigues Lutterbach nascido no município de Cantagalo (RJ), em 12 de outubro de 1931, data em que foi inaugurada a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

  • Procurador de Justiça, aposentado.

  • Esperantista.

  • Cursos de Extensão (Escola Superior de Guerra).

  • Poeta premiado. Possui trabalhos publicados em antologias poéticas, jornais e revistas literárias.
  • Autor dos livros: “A Vida Universitária de Geraldo Bezerra de Menezes”, “Presença de uma geração”, “Geraldo Bezerra de Menezes, Homem de Fé e Apóstolo Leigo”, “Niteroienses Ilustres do Século XIX”,  “A Eternidade de Euclides da Cunha”, “Alberto de Oliveira, o Príncipe dos Poetas”. Publicou vários opúsculos. No prelo “Minha terra e meus amores” (poesias).

  • Conferencista. Entre outras instituições literárias, integra: Academia Fluminense de Letras (presidente); Academia Niteroiense de Letras, Academia Carioca de Letras, Academia Brasileira de Ciências Morais e Políticas, Academia Brasileira de Literatura, Academia Luso-Brasileira de Letras, Cenáculo Fluminense de História e Letras, PEN Clube do Brasil, Instituto Histórico e Geográfico de Niterói (que presidiu em três períodos), Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal e Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas.

  • É verbete na Enciclopédia de Literatura Brasileira, de Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa.

    12/Outubro/1931  -  27/Setembro/2011


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Poesias


MÃOS AVELUDADAS


As suas mãos, que sinto aveludadas
quando em meu rosto pousam suavemente,
parecem painas, plúmulas lançadas
pela mulher que eu amo intensamente.

Ambas semelham finas mãos de fadas,
se acariciam o meu  peito ardente.
Sejam benditas essas mãos rosadas
com seus afagos, seu ardor crescente!...        
                                                                       
Como me encantam palmas tão sedosas!
Lembram olor de pétalas de rosas
ao deslizarem sobre os lábios meus.

Ao céu suplico, imploro, comovido,
que as leves mãos, de fino colorido,
jamais me acenem, tristes, um adeus.


Edmo Rodrigues Lutterbach




NA PRAIA, SEM ELA


Sozinho e triste, nesta praia extensa,
por onde, outrora, alegres caminhamos,
nada me encanta sem sua presença, 
nem a paisagem que nós dois fitamos.

Vem-me a saudade, que é profunda, intensa,
e que dói tanto! Tudo o que sonhamos
reconstituo, com clareza imensa,
sem me esquecer dos beijos que trocamos.

O sol desmaia. Olho o mar tranquilo;
a onda se espreguiça num cochilo, 
no seu vaivém se move indiferente.


Se os olhos fecho, só me fica a imagem
da minha amada, meiga  personagem,
que sempre amei e amo ardentemente.


Edmo Rodrigues Lutterbach



O LENÇO ESQUECIDO


Abri-lhe a porta, e ela, ao entrar, sorriu;
veio trazer-me seu amor intenso.
Horas mais tarde, em lágrimas, partiu;
mesmo em soluços se esqueceu do lenço.

Peguei-o então; senti que ela não viu
o que deixara no sofá, extenso.
Guardei-o atento, assim que ela saiu,
em minha mesa, com carinho imenso.

Dias depois, olhando-o com mais calma,
senti um frio a estremecer-me a alma,
pois parecia que ela estava aqui.

E eu desejei demais que ela voltasse
para abraçá-la e, após beijar-lhe a face,
dizer que a amo e nunca a esqueci.


Edmo Rodrigues Lutterbach



AMARGA DECEPÇÃO


Olhei-a firme e me encantei com ela;
tinha a elegância de uma fada esguia.
E que semblante, o da feliz donzela...
tanto encantava quanto comovia!

As faces róseas, delicadas, dela,
acentuavam sua simpatia.
Cabelos pretos, longos... tudo nela
bem realçava sua fidalguia.


Eu a mirava, farto de emoção!
Mas, de repente, surge a decepção
com o que vi e neste instante narro!

Na mão esquerda da formosa dama,
havia um brilho que apagou-me a flama.
Tinha, entre os dedos, sórdido cigarro.


Edmo Rodrigues Lutterbach



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