Biografia


 

Alda Corrêa Mendes Moreira
(Professora, Poetisa, Trovadora, Cronista, Haicaísta)

Carioca de nascimento, (cidade do Rio de Janeiro), mas niteroiense de coração, pois, mudou-se para esta cidade aos sete anos de idade, onde foi Cidadã Honorária Niteroiense, título que lhe foi outorgado pela Câmara Municipal de Niterói e do qual sempre se orgulhou.

Cursou a Faculdade Nacional de Filosofia-UB (atual UFRJ) e fez curso de Letras Neolatinas (Língua e Literatura: Espanhol, Francês, Italiano, Latim e Português).

Ainda cursando o último ano da faculdade, iniciou sua carreira de professora, lecionando Português, Latim e Francês em vários colégios de Niterói, alguns dos quais já não existem mais.

De 1950 a 1994 (44 anos), trabalhou no Colégio São Vicente de Paulo e no Liceu Nilo Peçanha.

Pertenceu a várias instituições literárias e participou de cerca de 90 Antologias, devidamente relacionadas em seu Site Espelho Poético, no endereço abaixo:
www.espelhopoetico.pro.br/dados_pessoais.htm

Gostava de participar destas Antologias e não tinha a menor intenção de publicar a própria obra. Estas Antologias tinham uma finalidade maior: além, é claro, da satisfação de ver suas obras divulgadas, elas eram vendidas em troca de um ingresso num recital de poesia idealizado por ela e ao qual deu o nome de APAEsia, que promoveu anualmente desde 1998, com poetas de Niterói e cuja renda era totalmente revertida para a APAE - Niterói.

Este Recital tinha ainda a finalidade de tornar conhecida a APAE-Niterói, uma obra que necessita de tanto apoio, nem sempre encontrado através das autoridades competentes ou entidades que tivessem um pouco mais de caridade.

Sua Obra também é divulgada na Rede em vários Portais literários e também em seu Site Espelho Poético, que continuará publicando as poesias inéditas que deixou.

Infelizmente, a nossa querida Alda, partiu, deixando uma saudade imensa e uma lacuna difícil de ser preenchida.

12 de dezembro de 1926 - 25 de maio de 2009



Site


Poesias


Contraste


Quero mostrar-te aqui meu reconhecimento
pelo enorme prazer e tão grande alegria
que tu sempre me deste em horas de acalento,
sem pensarmos jamais que tudo acabaria.

Quero falar-te aqui do nosso juramento
quando me ofereceste a rosa que eu queria;
cada pétala rubra era um alumbramento,
trazendo para nós perfeita sintonia.

Mas fiquei infeliz quando de mim fugiste;
sofri imensa dor porque me abandonaste
transformando-me em ser sozinho e muito triste.

Tornou-se a minha vida um imenso contraste;
quero mostrar-te agora o amor que em mim não viste,
pensando em cada espinho amargo que mostraste




Eterna ilusão


Com a alma vestida de Poesia,
cheia de fantasia,
caminho por uma estrada enluarada
à procura apenas
de tua companhia.

Olho o espaço e me refaço;
um sonho de encantamento me invade
e me traz felicidade.

Ao contemplar os astros,
banhada de muita luz,
inundo todo o meu ser
com uma imensa ternura
que só a ti me conduz.

E nesta hora,
tomada agora
de uma total fascinação,
fitando o céu,
faço-te a minha revelação
e deixo meu corpo todo se envolver
com o doce véu
da minha eterna ilusão.




Mãos


Fitando minhas mãos , recordo meu destino
e lembro minha infância embalada em folguedos;
quanta saudade tenho ao ver meu ser menino,
sem nunca imaginar da vida os seus segredos.

Com enorme prazer, nos dedos descortino,
de meu doce passado, inúmeros enredos;
e em cada teia eu sinto o puro amor divino,
sem olvidar jamais meus pueris brinquedos.

Mas a vida, nem sempre um fulgor de doçura,
às vezes bem cruel destrói toda ternura,
fazendo então de mim um ser cheio de dor.

Porém revendo agora estas mãos bafejadas,
eu quero agradecer, com preces sublimadas,
o Dom que recebi das mãos do Criador.

Poesia classificada em 1º lugar no
V Prêmio Silvestre Mônaco - ANE 1999




Saudade


Saudade...
Sentimento silencioso
sigiloso
suspiroso
sem explicação
e sem solução.

Se eu pudesse um dia
descobrir o seu ninho,
longe dele eu passaria
e jamais me entristeceria

Mas a saudade é traiçoeira:
não nos abriga e,
a vida inteira,
só nos castiga

Calada e maldosa,
ela me torna chorosa,
sem firmeza,
cheia de incerteza,
deixando a minha alma
sem nenhuma alegria.

Saudade,
não me maltrate!
Sinta como eu sou triste
simplesmente porque
você existe!



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